A deflação, prevista para junho não chega a ser um mau sinal, segundo o economista Edmar Bacha. Ao contrário, ele acredita que essa situação vai obrigar o Banco Central a baixar ainda mais as taxas de juros para que, segundo ele, finalmente tenhamos juros civilizados no país. Para o economista, só uma mudança na Constituição vai permitir que o país avance. “É preciso mudar o sistema eleitoral e político para se passar o país a limpo”. Bacha disse que não tem acompanhado o noticiário diário ao falar da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, de enviar para a Câmara Federal, as denúncias contra o presidente Michel Temer, mas afirmou esperar que aconteça de melhor para o país, qualquer que seja o resultado final do processo contra o presidente Michel Temer. Nesta que é a maior crise política e econômica da história do Brasil, Bacha (foto) entende que “o melhor é seguir o ensinamento dos chineses e transformar a crise em criatividade”.
Homenagem a Edmar Bacha
Após assumir a 40ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, o economista Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, foi homenageado na Assembleia Legislativa, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, pelo deputado Dalmo Ribeiro. O que poucos sabem, é que Bacha, nascido em Lambari, no sul de Minas, foi funcionário do Legislativo mineiro, onde ingressou como datilógrafo, auxiliar de redação e redator. Essa experiência entre as velhas raposas políticas mineiras foi usada, segundo o amigo e ex-ministro Paulo Paiva, quando trabalharam na equipe econômica que implantou o Plano real. Segundo Paulo Paiva, só Bacha conversava com o então presidente Itamar Franco, famoso pelo seu temperamento explosivo. Era Bacha que também negociava a votação dos projetos de interesse da equipe econômica no Congresso Nacional e por isso era chamado pelos colegas de senador. Bacha também foi homenageado na Academia Mineira de Letras, onde fez uma palestra.