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Blog do PCO

Bolsonaro se desculpa após início de semana tenso

Após a repercussão negativa da sua participação na manifestação que pedia o fechamento do Congresso Nacional e de uma reunião com militares, o presidente Jair Bolsonaro (foto) tenta se afastar da polêmica. Ele voltou a se manifestar ontem, dessa vez para dizer que não “quer fechar nada”. Segundo Bolsonaro, “aqui não tem que fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia, aqui é respeito à Constituição brasileira. E aqui é minha casa, é a tua casa. Então, peço por favor que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente”. Bolsonaro responsabilizou “infiltrados” na manifestação. Manifestantes pediam a volta dos militares ao poder e a volta do Ato Institucional nº 5.

 

 Bolsonaro e sua prepotência

Parece que o presidente quer mesmo é agravar a maior crise sanitária e a maior depressão econômica da história do País com uma crise institucional cujos precedentes remontam a 1964. Num dos discursos mais radicais desde que assumiu a presidência, Bolsonaro conclamou a população a “lutar junto” com ele, dizendo que “acabou a patifaria” e que “não há mais espaço para as negociações.” Como o seu discurso sempre precisa de tradução após ser repercutido, já na segunda de manhã, ele disse que não é nada disso e que defende a democracia e as instituições. E que todo mundo o interpreta mal. Ou ele é burro ou todo mundo é. Prefiro a primeira opção.

 

Brigas

O ataque de Bolsonaro à chefia do Legislativo se deu porque os presidentes têm pautado no Congresso projetos para diminuir os efeitos econômicos da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, como a compensação de perda de arrecadação de impostos pelos Estados por conta do fechamento do comércio.

 

Um pouco de história

Jair Bolsonaro é o décimo presidente brasileiro com formação militar e o terceiro eleito pelo voto do povo. Antes dele foram eleitos o marechal Hermes da Fonseca, em 1910, e Eurico Dutra, em1946, logo após a ditadura Vargas. Os outros militares que presidiram o Brasil foram os marechais Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República, em 1889 e o também marechal Floriano Peixoto, que governou o país por dois anos, terminando o mandato de Deodoro. Ambos eleitos indiretamente. Cinco militares, Castelo Branco, que chegou a marechal, e os generais Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo foram os presidentes do regime militar de 1964 a 1985. O Brasil foi ainda governado por uma junta militar, em razão do afastamento do presidente Costa e Silva por doença, que permaneceu no poder de 31 de agosto de 1969 a 30 de outubro de 1969, com os seguintes integrantes: o brigadeiro Márcio de Souza e Mello; o almirante Augusto Rademaker; e o general Aurélio Lyra Tavares. O capitão Jair Bolsonaro, é o militar de mais baixa patente a governar o país.

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