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Caminhoneiros e governo voltam à mesa de negociações amanhã

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) voltará a se reunir com representantes dos caminhoneiros nesta segunda-feira para debater a tabela com os preços mínimos de fretes para o transporte rodoviário. “A categoria presente se reunirá durante o fim de semana para aprofundar as conversas sobre os ajustes na tabela de frete mínimo. Na segunda feira, os representantes voltam a se reunir com a Agência”, diz a nota dos caminhoneiros. A ANTT disse que segue empenhada em encontrar “uma solução que harmonize os interesses de produtores, transportadores e sociedade”. O tabelamento do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no fim do mês passado para tentar terminar com a paralisação que durou 11 dias, afetando amplos setores da economia.

 

Queda no preço do diesel fica abaixo do prometido

O valor médio do diesel nos postos atingiu uma média de R$ 3,482 por litro na semana, queda de 0,346 de reais por litro, ou 9%, ante o recorde de R$ 3,828 reais na semana anterior, segundo pesquisa semanal da agência reguladora. O recuo nos postos, no entanto, ainda não refletiu a redução média de 0,46 de real por litro realizada nas refinarias, em 1º de junho, e prometido pelo governo federal aos caminhoneiros ante o valor registrado quando começaram os protestos, em 21 de maio. O diretor da ANP Aurélio Amaral (foto) explicou que isso ocorre porque nem todos no setor de combustíveis tiveram acesso à subvenção realizada pelo governo federal, já que muitos estoques com preços antigos ainda não foram totalmente consumidos. Além disso, Amaral (foto) explicou que diversos estados ainda precisam reduzir o preço de referência para a cobrança do ICMS para que o corte, que já está em vigor nas refinarias desde 1º de junho, possa chegar inteiramente aos consumidores finais, nos postos de combustíveis. “Cada estado pode fazer isolado. Mas geralmente isso é um acordo político, tem que fazer de forma coordenada”, disse Amaral.

 

Esperar final de estoques antigos

O resultado da pesquisa da ANP já havia sido parcialmente antecipado no início da semana passada, quando a associação Plural (ex-Sindicom), que representa as principais distribuidoras do país, havia informado que o corte de 0,46 real por litro nos postos apenas será possível dentro de 15 ou 30 dias. Isso porque o corte foi aplicado no diesel puro, vendido nas refinarias, enquanto o diesel vendido nos postos de combustíveis recebe a adição de 10% de biodiesel, mais caro que o combustível fóssil, segundo explicou o presidente da Plural, Leonardo Gadotti. Para completar o corte nos postos, explicou, estados brasileiros estão reduzindo a cobrança do ICMS. Nas refinarias, o corte foi possível depois que a Petrobras aderiu a um programa de subvenção do governo federal, reduzindo e congelando os preços, Uma redução de tributos federais também foi realizada.

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