A conversa entre o presidente Michel Temer e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Velloso (foto), ontem, no Palácio do Planalto, aumenta os boatos da sua indicação para o Ministério da Justiça. O jurista é um entusiasta da Operação Lava Jato e com a sua indicação para o cargo Temer espera por fim aos ataques que vem sofrendo, de que estaria se empenhando para atrapalhar as investigações. O deputado federal mineiro, Rodrigo Pacheco (PMDB) era tido como certo no cargo, até que suas posições contrárias às investigações da Lava Jato, das prisões nas condenações em segundo grau e ao Ministério Público Federal, que segundo ele “inaugurou procedimentos administrativos criminais análogos a inquéritos policiais, investigando fatos crimes, servindo aquela investigação, unilateral do MP, para propositura por ele mesmo, MP, de ações penais”, enterraram de vez as pretensões do parlamentar. Se Velloso aceitar, Temer, além dar uma resposta aos seus críticos, estará indicando um mineiro para o ministério, uma reclamação antiga da bancada federal mineira.