O quadro eleitoral brasileiro chegou a esse nível de polarização no entendimento do ex-ministro do STF, Carlos Veloso, devido as circunstâncias. A começar pela insistência de “um sujeito condenado insistindo em ser candidato, com os membros do partido, quase todos condenados e querendo disputar as eleições”. Essa situação acabou gerando essa polarização hoje entre as candidaturas à presidência da República. Do outro lado, o que se vê, segundo ele, é a política da terra arrasada pela corrupção, levando a toda essa agitação da população.
Interferência do Judiciário
As polêmicas envolvendo o Judiciário na última semana de campanha eleitoral tiveram o desenrolar dentro da normalidade, no entendimento de Carlos Velloso. A autorização do ministro Ricardo Lewandowski para que Lula desse uma entrevista na Polícia Federal, barrada pelo ministro Luiz Fux foi um ato normal, já que ele estava no exercício da presidência do Supremo. Para Velloso, a entrevista de um presidiário pode ser dramática. Mesmo porque, se abre para um, terá que conceder o mesmo benefício a outros presos, como Fernandinho Beira Mar, os chefes de tráfico de drogas e todos os que reivindicarem.
Delação premiada
A postura do juiz federal Sergio Moro, de liberar parte da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci também foi dentro do processo de competência de uma ação penal. De qualquer forma, o ex-ministro Carlos Velloso, que na presidência do TSE, introduziu a votação eletrônica no país, acredita que após as eleições o país volta a normalidade, porque a democracia brasileira atingiu maturidade.