Um país que deu ao mundo diplomatas do porte de Alexandre de Gusmão, do Visconde do Uruguai, do Barão do Rio Branco, Maria José de Castro Rebello Mendes, Saraiva Guerreiro, Mário Gibson Barbosa, Afrânio de Mello Franco, Abreu Sodré, Azevedo da Silveira, Celso Lafer, Francisco Rezek e Olavo Setúbal, entre outros, não merece passar pela provação a que o Itamaraty, com sólida tradição de excelência, está sendo submetido. Até o país que exalta a memória de Osvaldo Aranha, cuja habilidade diplomática levou à aprovação da criação do Estado de Israel pela ONU, se vê constrangido a ter de puxar as orelhas do chanceler brasileiro Ernesto Araújo (foto), tratando-o como moleque, mandando em público que ponha máscara. E ele, que tinha a máscara no bolso, como menino surpreendido fazendo travessura a coloca na hora. Até quando teremos de sentir a vergonha de sermos humilhados como párias do mundo?