Diante de um plenário, onde cada líder só lidera a própria vaidade, constata-se que a liderança política, no Brasil, virou peça de museu. O presidente Lula tenta liderar um governo que vive em crise com ele mesmo. Jair Bolsonaro tenta liderar de fora, como um fantasma com Wi-Fi. E os outros? Os outros tentam parecer importantes enquanto leem notas prontas no celular. Antigamente, se discordava de um líder. Hoje, se dá "unfollow". Os caciques têm palanque, mas perderam o povo. O Congresso é uma feira de vaidades sem voz firme. Os governadores falam como se estivessem em podcasts. E o Judiciário… esse governa sem ter sido eleito, julga sem ouvir, e opina até sobre o que não lhe diz respeito. O problema não é falta de gente - é excesso de figurante com pretensão de protagonista. No fim, sobra eleitor órfão. Porque sem liderança real, o país não anda: gira em círculos, como a pauta do dia - sempre a mesma, só com maquiagem nova. (Foto/reprodução internet)