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Começaram os forrós. A reforma espera o fim das festas

O desafio agora é segurar os deputados em Brasília. Especialmente as bancadas do nordeste. É que começaram as festas juninas que são quase sagradas para o eleitor. Não aparecer nos forrós é, para o eleitor, quase uma afronta. É perda de votos na certa. Para quem não é da região, fica parecendo desinteresse, malandragem mesmo dos parlamentares que vão curtir as festas juninas em suas bases. Mas não é festa. É compromisso com as bases. Bolsonaro já se conscientizou disso e para não se indispor ainda mais com o Congresso, minimizou as tão criticadas ausências, afirmando que atrasar em uma semana a votação da reforma da Previdência não causa transtornos. Seguiu a cartilha da boa convivência política e agora fica esperando o retorno dos parlamentares para a continuidade da análise da reforma na Câmara dos Deputados. Para amanhã, está marcada mais uma reunião da Comissão Especial da Reforma da Previdência para discussão do relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira. Esta será a terceira reunião para debate do relatório e estão inscritos para falar 77 deputados. Como a reunião está marcada para começar no início da manhã, a expectativa é que muitos parlamentares percam a chamada e deixem de discursar, pois não é prática comum na Câmara a presença de parlamentares logo cedo. Mas os trabalhos na Comissão Especial, de qualquer forma, não terminam amanhã. O relatório deverá ser revisto para incorporar algumas propostas apresentadas na comissão e, por isso, só será votado, definitivamente, na semana que vem. De reunião em reunião, de comissão em comissão, a reforma da Previdência vai ficando mesmo para o segundo semestre. Alguns apostam que ela será concluída logo no início do semestre, outros, mais céticos, falam que ela fica mesmo para novembro, quando termina a votação no Senado. Bom, a reforma da Previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e dos servidores federais pelo menos tem uma expectativa de conclusão. Pior é a nova Previdência dos militares que continua parada. Ninguém fala sobre ela. Nem o presidente Bolsonaro que é capitão reformado do Exército. Alguém precisa explicar isto ao cidadão comum.

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