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Blog do PCO

Começou a temporada do toma lá dá cá

Apesar de ter adotado na campanha o discurso de que colocaria fim ao toma lá dá cá na relação com o Congresso, o governo Bolsonaro ofereceu a cada parlamentar fiel um lote extra de R$ 20 milhões de emendas (em um total de mais de R$ 3 bilhões), que é o direcionamento de verbas do Orçamento para o reduto eleitoral dos parlamentares. Além disso, acelerou o empenho – que é o registro oficial de que pretende executar aquele gasto – das emendas ordinárias. Ao liberar quase R$ 1 bilhão na véspera da votação, conseguiu obter o apoio necessário à aprovação da reforma. Líderes do Centrão (sempre eles), reuniram-se com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), em sua casa, local em que as principais negociações estavam sendo feitas e encontraram uma forma de superar o racha que havia nesse grupo. Ao pressionarem por um volume maior de empenho de emendas, também, manifestaram desconfiança de que o governo, passada a votação, vá descumprir a sua palavra. É normal, por exemplo, empenhos ficarem anos na gaveta e serem cancelados sem execução. Felizmente, essa trama foi urdida em favor do Brasil.

 

Governo libera R$ 2,6 bilhões em emendas em julho

O governo intensificou a liberação de emendas, que somaram R$ 2,6 bilhões nos seis primeiros dias úteis de julho. Em todo o mês passado, foi empenhado R$ 1,5 bilhão, segundo levantamento feito pelo gabinete do líder da oposição, Alessandro Molon (foto), do PSB, no sistema Tesouro Gerencial, que usa dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Não é possível verificar ainda o quanto foi liberado a partir do dia 09. No entanto, os parlamentares esperam que o governo acelere ainda mais o empenho de emendas nos próximos dias para ganhar confiabilidade após a votação da reforma da Previdência. Líderes insistem que o Palácio do Planalto tem de honrar acordo para liberar R$ 4 bilhões das emendas impositivas.

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