O secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho (foto), e o presidente da Codemig, Marco Antônio Castelo Branco, foram sabatinados ontem, na Assembleia Legislativa, sobre o projeto do governo que cria seis fundos. O Fundo de Ativos Imobiliários de Minas Gerais (Faimg) e o Fundo de Investimentos Imobiliários de Minas Gerais (Fiimg) foram os mais questionados e, devido ao longo processo de discussão, os dois podem retornar ao Legislativo mineiro para sanar as dúvidas dos parlamentares. Bicalho garantiu que a criação dos fundos visa incentivar investimentos públicos e privados no estado e instituir o Programa de Regularização de Créditos Tributários, com o objetivo de captar mais de R$ 20 bilhões para investimentos, em um prazo estimado de dois anos.
Sem recursos para investimentos
José Afonso Bicalho falou aos parlamentares, que se o Estado quiser investir em estradas, a alternativa será fazer um empréstimo em bancos e pagar juros e amortizações. Com os fundos, será possível captar esse recurso para realizar investimentos no mercado de capitais, saindo das “amarras” da operação de crédito. Para isso, eles incorporariam mais de 6.300 imóveis de propriedade do Estado. As cotas desses fundos seriam vendidas para investidores. O Faimg incorporaria mais de 5 mil imóveis inalienáveis e o Fiimg, os cerca de 1.300 passíveis de alienação.