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Cunha parte para a briga direta com Catta Preta

Paulo César de Oliveira
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O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou neste sábado (1º), por meio de sua conta pessoal no microblog Twitter, que a advogada Beatriz Catta Preta (foto) deve ser “responsabilizada” caso não esclareça quais integrantes da CPI da Petrobras teriam a ameaçado e de que forma. Nas mensagens que publicou na rede social, Cunha ressaltou que determinará que a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados faça uma interpelação judicial para que a criminalista dê detalhes sobre as supostas ameaças veladas. Na visão dele, as acusações dela atingem a casa legislativa “como um todo”. A criminalista deixou a defesa de nove investigados pela Operação Lava Jato alegando ter sofrido “ameaças veladas” de parlamentares que integram a comissão parlamentar de inquérito. A denúncia de Beatriz Catta Preta foi feita em uma entrevista exclusiva concedida na última quinta (30) ao Jornal Nacional. Na ocasião, além de explicar que se afastou dos casos da Lava Jato porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras, ela afirmou que, devido às supostas ameaças, fechou o escritório e decidiu abandonar a carreira. “A mesa diretora da Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu as ameaças”, escreveu Cunha no Twitter. “A sua acusação (de Beatriz Catta Preta) atinge a CPI como um todo, e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso. Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial na semana que vem, independentemente da CPI”, complementou o peemedebista.

 

Cunha nega intenção de montar armadilhas para o governo

Nas 18 mensagens que publicou neste sábado no Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados também falou sobre as chamadas “pautas-bombas”, que poderão ser votadas pela Casa a partir do fim do regresso do Congresso Nacional. Segundo Eduardo Cunha, não faz o “menor sentido” atribuir a ele a responsabilidade sobre os projetos que podem gerar impacto nas contas públicas, como o reajuste concedido aos servidores do Judiciário, que foi aprovado na reta final do primeiro semestre, mas foi vetado pela presidente Dilma Rousseff. “A tentativa de colocar nas minhas costas uma chamada pauta bomba para prejudicar as contas públicas não tem o menor sentido. A pauta divulgada é a mesma que estava remanescente do primeiro semestre, acrescida das prestações de contas dos governos anteriores”, enfatizou. Entre as propostas que podem ser apreciadas nesta semana pelos deputados federais está o projeto que estabelece o aumento da correção dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O texto em tramitação na Câmara propõe que o dinheiro depositado no FGTS tenha uma remuneração igual à da poupança, o que, na prática, significa que o rendimento subiria de cerca de 3% ao ano para aproximadamente 6%. A nova taxa, se aprovada, valerá para os depósitos feitos a partir de 2016.”A correção do FGTS nada tem a ver com as contas públicas, pois se trata dos saldos futuros dos depósitos do dinheiro dos trabalhadores”, afirmou Cunha no Twitter.

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