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Democracia cara para o brasileiro

Paulo César de Oliveira
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A democracia é cara. Mas aqui é muito mais cara. Para 2024, enquanto o país luta para zerar o rombo nas contas públicas, fator alimentador de inflação, os nossos dedicados congressistas se articulam para garantir um espetacular aumento de 150% no Fundo Eleitoral, principal fonte de recursos para o financiamento de campanhas eleitorais. Em 2020 saíramos dos cofres públicos R$ 2 bilhões – dinheiro de impostos e contribuições pagos pelos cidadãos- para os partidos gastaram nas campanhas de seus candidatos. Acharam pouco e agora trabalham para assegurar R$ 5 bilhões para torrarem na campanha de 2024. Dizem que é o custo da democracia, do direito do povo em escolher livremente os seus dirigentes e representantes. Os maiores entusiastas deste disparate estão na Câmara Federal. No Senado há uma discreta oposição a este crescimento exagerado dos recursos do fundo, sob a alegação de que as campanhas municipais são mais baratas. Melhor seria poupar agora para gastar mais, talvez muito mais, em 2026, quando da campanha para presidente, governador, senador e deputado federal. Mas os que defendem um “fundão” agora justificam com a necessidade influência nas eleições de prefeitos e vereadores pois é aí que se forma a base eleitoral. É elegendo gente de confiança, que tem contato direto com o povo, que se assegura a reeleição. Os que defendem este salto nos recursos do fundo eleitoral, um dinheiro sem muito controle, que beneficia especialmente os mais antigos na política, vão aumentar a pressão esta semana para garantir o reajuste.  Ele precisa disputar espaço no orçamento federal com a educação, a saúde, a segurança…. É preciso agir rápido.  (foto/reprodução internet)

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