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Deputados aprovam manobra para quitar 13º

Uma sessão tensa marcou a aprovação em primeiro turno, ontem, do projeto que permite ao governo do Estado realizar a antecipação dos créditos do nióbio para pagar o 13º salário do funcionalismo público estadual. Pressionados pelos servidores que ocuparam as galerias para acompanhar voto a voto, os deputados André Quintão (PT) e Coronel Sandro (PSL) quase saíram no tapa, mas acalmados os ânimos, o projeto foi aprovado por 70 votos favoráveis e nenhum contrário. O líder do governo, deputado Luiz Humberto (PSDB) disse que todos estão empenhados em aprovar o projeto, que ainda será discutido na Comissão de Minas e Energia, que ouvirá técnicos do Tribunal de Contas que ponderam que mesmo que a operação solucione a necessidade de liquidez imediata, “pode comprometer a receita das próximas gestões”.

 

Zema agradece empenho

A aprovação do projeto que trata da antecipação dos créditos do nióbio para quitar o 13º salário do funcionalismo público foi comemorada ontem pelo governador Romeu Zema (foto), que ainda aguarda a votação em segundo turno para avançar na negociação com as instituições financeiras. Ele evita falar em prazos, mas elogiou o esforço do presidente da Assembleia Legislativa para que a proposta avance na Casa. “Sou muito grato ao presidente da Casa, Agostinho Patrus, que tem se empenhado pessoalmente nessa causa, aos líderes e aos deputados que têm visto qual é a situação de Minas, em especial do funcionalismo público do Poder Executivo, que há anos tem recebido atrasado”.

 

Ao estilo Bolsonaro

O governador quer evitar pressões para marcar data de liberação do décimo terceiro e desautorizou qualquer previsão sobre as datas de conclusão da operação financeira com antecipação de recursos do nióbio pelo Estado. Ontem, ao participar da solenidade de aberta da Semana Internacional do Café, no Expominas, ele se irritou com o questionamento da imprensa sobre calendário do pagamento e, ao melhor estilo Bolsonaro, recomendou que os repórteres perguntassem aos bancos. Ele ainda comparou a operação envolvendo a Codemig a empréstimo para a compra de um caminhão junto a bancos. “Não temos data limite. Vocês vão ter de perguntar aos bancos. Perguntem aos bancos que estão participando da operação que eles vão dar detalhes”, disse o governador. Ele enfatizou o governo está fazendo todo o esforço possível para pagar a gratificação neste ano ainda e afirmou que a estimativa de quatro semanas para concluir a operação pode enfrentar não se concretizar. “Ninguém que chega nos bancos para financiar um caminhão tem previsão da data que o banco libera”.

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