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Determinação da prisão de Lula deixa petistas atordoados

Os petistas foram surpreendidos com a decisão do juiz Sergio Moro de determinar a prisão do ex-presidente Lula (foto). A presidente nacional do PT, senadora Gleise Hoffmann, passou a noite chamando a militância petista para uma vigília em São Bernardo do Campo. Em nota divulgada pelo PT, ela falou que ontem foi um dia trágico pra a democracia e para o Brasil. Gleise reclama que a Constituição foi rasgada por quem deveria defendê-la e a maioria do STF sancionou mais uma violência contra o maior líder popular do país, Lula. O senador Lindbergh Farias também foi enfático nas suas críticas. Para ele, “Moro, alçado ao estrelato pra cumprir o papel de verdugo de Lula, conseguiu o que queria. Menos de 24h depois da sessão do STF, sai a ordem de prisão. Depois? EUA, quem sabe? E a lata de lixo da História, com certeza. Lula é um gigante; Moro é um patético serviçal do capital”. O líder do MTST, Sérgio Boulos (PSOL), falou em formar uma “trincheira de resistência” e que não assistirá passivamente a prisão de Lula.

  

Alckmin lamenta prisão e diz que lei vale para todos

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) falou que é “preciso virar a página” em relação ao julgamento do ex-presidente Lula. A questão, segundo ele, é que “os problemas do Lula não são problemas do Brasil; são dele e ele deve se explicar”. Para Alckmin, a prisão do ex-presidente não vai afetar sua campanha, mas considerou lamentável ver a decretação da prisão de um ex-presidente, “mas tenho a convicção de que isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade. A lei vale para todos”. Já o prefeito João Doria chegou a postar um vídeo se dizendo aliviado com a decisão do STF de engar o habeas corpus a Lula.

  

Os estragos causados no PT com a prisão de Lula

A prisão do ex-presidente Lula atinge fortemente as candidaturas do PT nos estados, inclusive em Minas Gerais. O governador Fernando Pimentel, que acompanhou a votação dos ministros do STF ao lado de Lula, em São Bernardo do Campo, tinha como certo o reforço de Lula na sua campanha à reeleição. Minas Gerais é o principal estado governado pelo PT e Pimentel esperava contar com o prestígio de Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Um dos temores dos líderes petistas é que o partido encolha nessas eleições, repetindo o que aconteceu nas eleições municipais. São dois golpes: a saída de Lula do processo eleitoral e a possível candidatura do MDB à presidência da República, que vai necessitar de palanque nos estados.

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