A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) (foto) depôs por videoconferência, ontem, diante do juiz Sergio Moro, como testemunha no processo que apura supostos pagamentos de propina ao ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine. Ela prestou depoimento na Justiça Federa em Belo Horizonte. No depoimento, Dilma disse que “eu convidei o doutor Bendini e eu disse a ele que, para mim, era importante que ele deixasse a presidência do Banco do Brasil e fosse para a Petrobras”. A ex-presidente relatou, ainda, que fez o convite quando Graça Foster decidiu deixar a presidência da estatal. Dilma está em Belo Horizonte cuidando da saúde de sua mãe e, por isso, seus advogados fizeram o pedido para que ela não fosse a Curitiba depor.
Vários crimes
Bendine, que foi presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, é acusado de receber R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht. Na mesma ação são acusados os operadores financeiros André Gustavo Viera da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior e Álvaro José Galliez Novis e os executivos Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, da Odebrecht. Eles respondem pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e embaraço à investigação de infrações penais.