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Doria defende o diálogo e a democracia no primeiro Conexão Empresarial 2020 

Na abertura do primeiro almoço-palestra do Conexão Empresarial 2020, o governador de São Paulo, João Doria (foto), enfatizou a necessidade de se respeitar o contraditório, como uma parte importante da democracia. Falando para empresários, políticos e representantes da sociedade, no evento promovido pela VB Comunicação, Doria lembrou que não existe unanimidade na democracia e que o diálogo é que aproxima. Sem citar as polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos com a imprensa e nos bate-bocas diários nas redes sociais, Doria disse que São Paulo respeita a liberdade de imprensa sem privilegiar nenhum veículo de comunicação, respeitando a dinâmica democrática da nação. Ele também lembrou a importância de Minas Gerais nos movimentos pela democracia e fez um apelo para que defendam a democracia de Minas Gerais e do Brasil. 

  

Crescimento e visibilidade 

Doria comemora os números da economia de seu estado. Segundo ele, o governo de São Paulo não perdeu tempo com discussões políticas e debates ideológicos e fez o seu trabalho com seriedade, e fechando 2019 com um crescimento de 2,8% no PIB, contra 0,89% do Brasil. Um dos motivos desse bom desempenho foi a atração de novos investimentos, que no ano passado somaram R$ 101 bilhões. Esse foi o resultado das sete missões comerciais lideradas por ele em busca de investimentos nos Estados Unidos, Europa e Ásia, em especial na China. 

  

Abrindo caminho para governadores 

Doria está programando uma missão empresarial com os sete governadores do Sul e do Sudeste para ajudá-los a conseguir financiamentos nos mesmos moldes dos buscados por São Paulo. Para o governador paulista, essa é uma “gestão compartilhada, não egoísta”. Na conversa com os empresários, Doria lamentou o governo federal não ter enviado uma reforma tributária para o Congresso Nacional. Essa reforma, segundo ele, é fundamental para o Brasil e ele não considera produtivo o governo abrir mão dela passando o protagonismo para o Congresso Nacional. Apesar disso, Doria acredita na formatação de um texto viável e factível que passará por um amplo debate até a proposta ficar pronta para ser votada em setembro ou outubro. Depois, segundo ele, será a vez da reforma administrativa. 

  

Impactos econômicos do coronavirus 

Um tema que está preocupando o governador de São Paulo, é a movimentação do mercado financeiro devido ao avanço do coronavirus no mundo. Dória disse ontem, que “não há razão para precipitação e a meu ver não se justifica o movimento de mercado do Brasil que impactou as Bolsas e o dólar. Não há nesse momento nada que justifique esse nervosismo do mercado no Brasil. Nós temos apenas duas pessoas infectadas, há baixíssimo risco em relação a essas duas pessoas que estão sendo bem tratadas, as outras estão sob suspeita. O Brasil não está nesse campo para justificar esse impacto no país. Acredito que o mercado, a partir desta semana deve agir com mais sensatez, com mais equilíbrio, ouvir os que são especialistas nisso, os acadêmicos, que conhecem este tema, antes de provocar uma corrida aos mercados ou uma corrida ao atendimento básico de saúde, a compra de máscaras. A maior recomendação é lavar bem as mãos e medidas práticas e objetivas. Não há razão nenhuma para fechamento de escola”. 

  

Encontro de governadores 

Essa preocupação motivou o encontro no último final de semana com os governadores do Sul e Sudeste para debater o tema, que culminou com uma carta elaborada por eles a ser encaminhada ao governo federal. Os governadores das duas regiões têm se encontrado com frequência para debater e definir ações conjuntas relacionadas a defesa social, segurança pública, projetos como a reforma da Previdência nos estados e assuntos de interesse dos estados. 

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