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Blog do PCO

Dubiedade

Ressalvado o fato de que foi, no mínimo, estranha a presença de Temer na posse de Fernando Segóvia (foto) como diretor da Polícia Federal (foi a primeira vez na história deste país, que um presidente prestigiou tal evento com sua presença), o empossado foi muito ambíguo em seu primeiro discurso. Ele deu sinais controversos a respeito do rumo das apurações sobre o presidente Michel Temer. Inicialmente, manifestou-se dizendo que as investigações já tinham sido concluídas. Em seguida, esquecendo-se do que afirmara, disse que vão continuar com celeridade. Depois, amenizou o drama vivido pelo Presidente Temer, dizendo que uma única mala, talvez, não desse toda a materialidade criminosa necessária para resolver se havia ou não crime, numa velada referência à mala carregada pelo ex-assessor Rodrigo Rocha Loures. Fugindo de um tema que não é de sua alçada, Segóvia apontou, ainda, possíveis erros no acordo de delação da J&F fechado pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot, para, finalmente, admitir o que todos já sabiam: há uma infeliz e triste disputa institucional de poder entre a PF e a Procuradoria. Não poderia ter sido pior a sua primeira intervenção. Parece que ele já começou a tirar o bode da sala. O poder está em festa.

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