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É hora de encontrar alguém para tocar a política

Paulo César de Oliveira
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A semana começa com indefinições, com uma enorme expectativa política. A maior delas quanto ao comportamento do senador Delcídio do Amaral. Ele vai falar, ou não. Se falar, falará tudo ou apenas o suficiente para se salvar, sem arrasar a República, se é que ele realmente está tão informado das coisas. Não podemos nos esquecer de que Delcídio não faz parte da galeria de “queridinhos” do ex-presidente Lula, nem de parcela considerável do PT, desde que conduziu-se com razoável independência na CPI dos Correios, que desembocou no processo do mensalão, tiro no peito de algumas “vacas sagradas” do PT, como Genoino e José Dirceu. Excluindo o senador, que não é um pequeno problema, o governo tem pela frente enormes desafios no Legislativo. O tempo está passando e a crise econômica, amarrada à crise política, vai se complicando, sem que o Congresso resolva trabalhar, votando o que precisa ser votado. E nesta altura do ano, e dos fatos, não há muito o quê discutir: ou aprovam as medidas do ajuste do Levy ou não haverá ar para a economia respirar até o final do ano e, muito menos, em 2016. Os ajustes do Levy não são bons? A política econômica está errada? Nem dá tempo mais para discutir isto. Que não venham com discursos vazios, de teorias conservadoras ou progressistas. Chegamos ao limite. Ou fazemos o possível, ou nada feito. Ajudaria muito se, principalmente ele, Lula, se calasse um pouco. Deixasse sua defesa pessoal para mais tarde e parasse de atacar adversários e até mesmo companheiros, como fez com o Delcídio do Amaral que, é bom lembrar, não se meteu na enrascada em que está apenas em defesa própria. Agiu sim, em defesa do partido e do governo também. Ajudaria muito também se a presidente Dilma (foto) encontrasse alguém para, efetivamente, conduzir os entendimentos, com o Congresso e com a sociedade por ela. Itamar, que era um enorme “encrenqueiro”, mas não era um neófito na política, como a presidente, fez isto, delegando ao então ministro FHC os entendimentos em torno do Plano Real. Pode dar certo.

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