O jeito da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) fazer política tem surpreendido não só os velhos políticos do PDT. Talvez o fundador do partido, o ex-governador Leonel Brizola fosse mais simpático à sinceridade juvenil de Tabata, do que os que se julgam seus herdeiros políticos. Eleita com 264 mil votos, a jovem de 25 anos da periferia de São Paulo, com diploma da Harvard, ficou famosa ao questionar o ex-ministro da Educação, Ricardo Veléz, pela falta de conhecimento da pasta e de um projeto para a educação. Nesse momento, o PDT viu nela uma estrela em ascensão.
Ameaças
Mas Carlos Lupi e Ciro Gomes não contavam que ela iria defender suas próprias ideias e votar de acordo com o que considerava ser o certo. Agora, é ameaçada de expulsão junto com outros sete novos membros do partido. Tabata devolve a ameaça de expulsão do PDT falando das estruturas antigas de comando dos partidos construídos de cima para baixo. A razão nesse embate deve estar nos eleitores de Tábata, e esses parecem satisfeitos com a representante que elegeram, por isso seu nome aparece como um dos prováveis para a disputa a prefeitura de São Paulo. Várias legendas estão torcendo pela expulsão de Tábata para abrigá-la em suas fileiras, entre elas, o PSDB. Como diz o governador João Doria, Tabata tem a cara que o PSDB quer ter.