O ministro Luís Roberto Barroso (foto/reprodução internet) transfere oficialmente nesta segunda, 29, a presidência do STF a Edson Fachin, após dois anos de mandato. No período, o magistrado buscou conciliar firmeza e diplomacia diante de pressões internas e externas. Desde a posse em 2023, quando pregou pacificação e superação de antagonismos, ele conduziu uma gestão marcada por embates com o Congresso, que reagiu a decisões do tribunal com tentativas de limitar sua atuação, e por inédita pressão internacional, com sanções impostas pelo governo Donald Trump em resposta à condenação de Jair Bolsonaro. Barroso manteve o discurso de independência do Judiciário e ampliou pautas progressistas no Conselho Nacional de Justiça, ainda que alguns avanços tenham sido contidos. Sob sua liderança, o STF consolidou condenações inéditas e históricas por tentativa de golpe, enfrentou cobranças por maior transparência e preservou o papel de guardião da Constituição. Sua gestão termina deixando como marca a reafirmação da Corte como peça central na defesa da democracia brasileira. “Minha única frustração foi não ter conseguido fazer a pacificação do país”, declarou o ministro.