A presidente Dilma pretende anunciar no início de setembro, a redução de 39 para 29 o número de ministérios, o corte de cargos comissionados e a venda de alguns imóveis do Estado. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (foto), que assumiu papel de protagonista político, está trabalhando em cinco diretrizes para diminuir o tamanho da máquina pública. A começar pelos ministérios, com fusão de pastas, seguido pela racionalização da máquina pública, com a diminuição do número de secretarias e de cargos comissionados, além dos cortes no custeio, com a racionalização dos gastos com limpeza, manutenção e transportes. Uma das propostas para reduzir os gastos é a adoção de contratos unificados de prestação de serviços para todos os ministérios, acabando com as contratações individualizadas. Só não se sabe se os excessos cometidos pelo Itamaraty e pela Presidência também serão afetados, como no caso da contratação de 25 limousines para a comitiva da presidente Dilma, na sua última viagem para os Estados Unidos e os gastos excessivos com cartão de crédito.
Na mira do corte
Pelos estudos realizados até o momento pelo ministro Nelson Barbosa, visando a redução dos ministérios da presidente Dilma, uma das possibilidades mais prováveis será a fusão do ministério de Desenvolvimento Agrário ao de Desenvolvimento Social e Combate à Fome ou ao da Agricultura. Se a medida for concretizada, o ministro Patrus Ananias, PT, titular da pasta considera que a medida será um retrocesso. Em entrevista, o ministro petista falou que está trabalhando muito para consolidar o Ministério da Reforma Agrária e deve, inclusive, participar da comitiva da presidente Dilma na viagem à Alemanha, em janeiro. Pelo menos, até o momento o convite está valendo.