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Governo não desiste da ministra do Trabalho nem da reforma da Previdência

A decisão de ontem da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lúcia, sobre a competência da Corte para decidir sobre a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho não mudou o discurso do governo. O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (foto), reafirmou que o presidente não vai desistir do nome da deputada para a pasta do trabalho. Cármen Lúcia manteve a suspensão da posse e definiu que cabe ao Supremo, e não ao STJ, decidir sobre o assunto. O discurso do governo continua se apoiando no argumento de que é prerrogativa exclusiva do presidente da República a escolha de seus ministros. “Não estamos aqui para fazer o que é fácil, e sim para fazer o que é necessário. Nesse momento é necessário que se estabeleça claramente o respeito ao que está na Constituição, que a escolha de ministros é privativa do presidente da República”, disse Marun, que conversou com jornalistas após se reunir com o presidente Michel Temer, que passou o dia no Palácio da Alvorada recebendo ministros, tratando de questões como a situação de venezuelanos em Roraima e a reforma da Previdência.

 

Ainda faltam alguns votos

Sobre a reforma, o governo mantém a previsão de votação em fevereiro. “Certamente nós resolveremos esse assunto [reforma da Previdência] em fevereiro. Continuamos confiantes que é possível aprovar. Temos ainda o desafio de conquistar alguns votos, mas permanecemos confiantes”, disse Marun. Nas suas contas, ainda faltam cerca de 40 votos para chegar aos 308 necessários. Apesar da confiança demonstrada, o que mudou em comparação com as falas diárias do ministro sobre o tema, é o reconhecimento de que a aprovação da reforma é difícil, ainda que não impossível. “Hoje, quem está contra a reforma são os desinformados e os que defendem suas próprias regalias. Esses estão contra a reforma. Tanto que quando avança a informação, avança o índice de aprovação. Vamos conseguir ter um índice tão forte até o momento da votação que pressione os parlamentares no sentido de aprovar essa medida? Eu espero que sim”, disse. “Não estamos subestimando. É uma missão difícil, mas não é impossível”.

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