O reajuste dos salários dos professores da rede estadual previsto para janeiro pode não ser pago. O governo enfrenta também dificuldades para quitar até mesmo o 13º salário dos servidores. A informação, sem retoques, é do secretário-adjunto do Planejamento, Wieland Silberschneider, em audiência pública na Assembleia Legislativa. A presidente do SInd-Ute e da CUT-MG, Beatriz Cerqueira (foto), avisou que se houver quebra do acordo entre governo e magistério, o ano letivo não vai começar. Wieland argumentou que o governo já atingiu o limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal por comprometer, já desde setembro, 48,7% do orçamento com pagamento de pessoal. Caso atinja 49% – o que ele calcula que alcançará em dezembro -, o Estado fica impedido de conceder aumentos. Beatriz Cerqueira reclamou também da redução do quadro de funcionários na Secretaria de Educação. Segundo ela houve um decréscimo de 18.329 servidores desde 2013, número que já desconsidera os aposentados. O secretário-adjunto rebateu os números e afirmou que ocorreu o contrário: em outubro de 2014, a folha pagou 408.142 servidores e, em julho deste ano, 415 mil.