Numa votação apertada, como já era previsto, o Supremo Tribunal Federal denegou o habeas corpus pedido pela defesa do ex- presidente Lula, com o objetivo de evitar sua prisão antes do trânsito em julgado de sua condenação. Venceu o voto do relator, ministro Luiz Edson Fachin, que denegou o HC por entender que não há na possibilidade de prisão de Lula mesmo com recursos pendentes “teratologia” ou “abuso de autoridade”. O voto de desempate, que confirmou a maioria de seis a cinco, foi da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF. O tribunal decidiu ainda que a liminar concedida em 22 de março, proibindo a prisão do ex-presidente até o julgamento do mérito do pedido de habeas corpus, não tem mais validade, o que significa que o petista poderá ser preso a qualquer momento por ordem do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O presidente Lula assistiu todo o julgamento no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, acompanhado de várias lideranças petistas, entre elas a ex- presidente Dilma Rousseff. O clima de desânimo tomou conta do sindicato após o voto da ministra Rosa Weber, contrário à concessão do HC, e muitos dos companheiros do ex- presidente deixaram o sindicato pouco depois. Lula(foto) saiu após o término do julgamento sem fazer qualquer declaração.
Lula não tem mais proteção de liminar e pode ser preso a qualquer momento
