A chamada guerra da Rússia, ou como imposto aos veículos russos de comunicação independentes, pelo governo do país, “operação militar especial” contra seu vizinho e antigo aliado, a Ucrânia, é uma desnecessária e irresponsável demonstração de força de alguém despreparado para o cargo que ocupa há mais de vinte anos, usando a violência como forma de dominação de seus adversários- vários deles mortos ou presos- e de controle da população, impedida de se manifestar, prática que nós brasileiros conhecemos bem e a ela nos submetemos por muitos anos. Putin (foto) não é um líder. Discordo dos que assim o identificam. É sim alguém com sede de poder que sabe perfeitamente os riscos que impõe ao fundo com suas ações. Sob o pretexto de proteger seu império de uma suposta expansão do ocidente, com arregimentação de novos países para a OTAN, aliança militar do Atlântico Norte, abre uma guerra com seu vizinho, sem se importar com reações. Não se importa por saber os líderes, ou governantes ocidentais, temem os riscos de um confronto de forças que, certamente, seria devastador para o mundo. Seria, com certeza, a primeira e única guerra nuclear. O mundo deixará de existir. Putin sabe que não encontrará esta resistência no ocidente, daí as bravatas, as ameaças que faz de invadir outros países- Suécia e Finlândia- e impor suas vontades. Putin sabe estar isolado, com apoio de poucos, um apoio que não se sabe até quando se manterá. Como o do presidente Bolsonaro que desconhecendo todos os conselhos da diplomacia brasileira, foi visitar a Rússia, manifestar solidariedade ao povo russo, sem explicar com que se solidarizava. Bolsonaro foi militar, não tinha o direito de se meter nesta encrenca. Ganhou o repúdio do mundo civilizado e, internamente, dividiu sua base. Lula, com seu silêncio, segue o mesmo caminho. Pobre Brasil. Finalmente uma pequena observação. A imprensa de todas as partes do mundo tem destacado o fato do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensk, ter sido, no passado, um ator cômico. Que diferença faz? O mundo, e o Brasil em especial, tem tantos palhaços na política. (Foto reprodução internet)
Comentários
Luiz Carlos Dias Oliveira
3 de março de 2022