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Blog do PCO

Hora de superar a radicalização

Hoje é dia do exercício do direito/dever do voto. Direito porque a Constituição, e quantos lutaram para que fosse assim, assegura a todos os brasileiros maiores de 16 anos, o direito de influir no seu futuro, escolhendo os que vão comandar o país. Dever porque esta mesma Constituição impõe a obrigatoriedade do voto para a que nenhum brasileiro seja impedido de votar pelos que querem, influir nos resultados eleitorais como estamos assistindo, aos milhares, casos de assédio eleitoral. Finalmente é bom lembrar que o voto é secreto para garantir a prevalência da vontade popular. Nem sempre as coisas foram assim, mas, malgrado os esforços de alguns poucos, somos um país com eleições livres. Se escolhemos mal nossos representantes, e a história passada e recente é rica em exemplos deste hábito popular, é um problema dos eleitores. Hoje, lembro, é dia do exercício desta liberdade e ninguém pode abrir mão dela, sob pena de estar abdicando, mais à frente, do direito de protestar, de cobrar dos governantes as medidas que, considera certas. Quem não vota, não tem o direito de esbravejar contra políticos. E vejam que não estou falando em votar bem, até porque esta é uma escolha muito pessoal. Hoje em doze estados teremos eleições para governadores e, em todo o Brasil, o segundo turno da disputa presidencial. Pela sua abrangência é desta que falamos. As pesquisas indicam, em seus ajustes finais, empate técnico, com uma leve predominância de Lula nos levantamentos dos institutos mais tradicionais. Neste domingo, antes que as urnas sejam abertas, é impossível falar em vencedores, até porque os levantamentos de todos os institutos mostram, no limite das margens de erro, empate a rejeição aos candidatos Bolsonaro e Lula. Quando abertas, as urnas vão mostrar quem, na opinião do eleitor é o menos pior, ou ao menos capaz de realizar o que andaram anunciando. E são dois candidatos com propostas populistas bem parecidas, embora se queira rotular um de direita, outro de esquerda, sem que se defina, com clareza, o que é uma coisa ou outra. Aliás, direita e esquerda, como me disse há mais de vinte anos, Hindemburgo Pereira Diniz, depois da tecnologia, acabou a ideologia. O saldo desta disputa, até aqui, é um país dividido, radicalizado, com grupos fanatizados, capazes de ameaçar com promessas de violências, transformando eventuais adversários políticos em inimigos ferozes. Uma divisão que poderá dificultar a nossa recuperação econômica, o nosso avanço social e a melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros. Superar esta radicalização, acabar com esta polarização são os nossos desafios reais. Vá às urnas, não deixe e votar, escolha o seu candidato e vote com o compromisso de ganhe quem ganhar, terá em você alguém comprometido com o sucesso do país. Um crítico, sempre. Não posso deixar passar a oportunidade de fazer uma crítica aos nossos companheiros que insistem em perguntar aos candidatos se aceitarão resultado das urnas, simplesmente porque a ninguém é dado o direito de contestar a vontade popular. (foto/reprodução internet)

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