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Impeachment chega ao Senado

Paulo César de Oliveira
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Começa hoje, com a leitura de um relatório do processo, a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma no Senado. Ontem o deputado Eduardo Cunha fez questão de ir pessoalmente ao Senado, acompanhado de servidores da Câmara, entregar ao senador Renan Calheiros, o processo de impeachment, que já tem 36 volumes e 11 anexos e que foi levado em um carrinho por um servidor. Com a leitura do relatório, começam a ser contadas as 48 horas regimentais para a formação da Comissão do Impeachment no Senado. Hoje à tarde líderes partidários começam a discutir a formação da comissão que fará a análise da admissibilidade do processo. Ontem Renan Calheiros garantiu que não haverá procrastinações no exame do processo, mas também não ocorrerá rapidez na análise. A expectativa de assessores do Senado é que, respeitados os prazos regimentais, a admissibilidade poderá ser votada até o dia doze de maio. Se os senadores admitirem o processo a presidente Dilma terá que afastar-se do cargo imediatamente, por um período de até 180 dias. Depois de receber o processo, Renan Calheiros (foto) foi procurar o presidente do Supremo, Ricardo Lewandovski para debater o ritual de tramitação e depois a presidente Dilma para avisar que o Senado deve iniciar hoje a tramitação do pedido. No final da tarde, a presidente Dilma fez um pronunciamento e respondeu perguntas de jornalistas. Foi sua primeira manifestação após a decisão da Câmara de aprovar o processo. Ela afirmou estar decepcionada com o resultado da votação, reafirmou que não cometeu nenhum crime e que não se beneficiou de nenhum ato ilícito do governo. Garantiu que lutará até o fim pelo seu mandato mas deixou em aberto a hipótese de apoiar a antecipação das eleições, como propõem alguns petistas. Dilma foi dura com Michel Temer e Eduardo Cunha, acusando-os de liderarem o golpe contra seu mandato. Se permanecer na presidência, hipótese que considera viável com o apoio de senadores que começam a ser procurados agora, assegurou que fará mudanças em políticas de seu governo. Não adiantou nenhuma mudança.

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