A política da capital mineira vive momentos de tensão e incerteza à medida que o grupo ligado ao Secretário da Casa Civil, Marcelo Aro (foto/reprodução internet), enfrenta uma crise sem precedentes. Com a aproximação das eleições municipais, a incapacidade de Aro em consolidar uma frente política robusta revela um cenário de desespero e fragilidade para seus aliados e sua própria família. Em uma reunião de emergência realizada ontem, vereadores de Belo Horizonte aliados a Aro expressaram profunda preocupação com o rumo de suas campanhas eleitorais. A expectativa de formar uma coalizão com pelo menos cinco partidos se desfez, deixando o grupo político em uma posição vulnerável.
No partido Progressistas, que apoiará a candidatura a prefeito de Bruno Engler, há espaço somente para Marli Aro, mãe de Marcelo Aro e atual vereadora, buscar a reeleição. No PMN, onde Wesley Moreira, ex-vereador cassado por uso de candidaturas laranjas, marca presença, gera mal-estar entre as candidatas femininas e questionamentos sobre a integridade da chapa. O Podemos alberga vereadores como José Ferreira, Juliano Lopes, Rubão, e Wilsinho da Tabu, além de Christian Aquino, filho da deputada federal Nely Aquino. Esta chapa é vista com pessimismo, esperando-se que conquiste apenas uma vaga. Similarmente, o Democracia Cristã, com Flávia Borja e Marcos Crispim, também projeta uma eleição restrita a uma cadeira.
A pressão aumenta com a iminente exoneração de todos os associados à “Família Aro” da administração municipal. A situação é agravada pela reivindicação feita ao Senador Carlos Viana para que ele se afaste, permitindo uma “saída honrosa” a Castellar Guimarães, atual Secretário de Governo, que está prestes a ser exonerado. Esses movimentos refletem a intensidade da crise enfrentada pelo grupo de Aro, que, há seis meses, tentava neutralizar politicamente o vereador Gabriel Azevedo (MDB), hoje posicionado de forma vantajosa em quatro partidos.