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Janot diz que até setembro estará na cadeira, com a caneta na mão com muito bambu para mandar flechadas

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto), anuncio ontem, em São Paulo, que, enquanto estiver na chefia do Ministério Público Federal- seu mandato termina em 17 de setembro- pretende manter as investigações da  Lava Jato e as apurações dos fatos apresentados nas delações premiadas de executivos do Grupo J&F. “Enquanto houver bambu, lá vai flecha” afirmou Janot, ao participar de uma das mesas de debate do 12º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). “No dia 18 entrego a caneta e a cadeira. Até lá, a caneta está na minha mão e vou continuar nesse ritmo em que estou”, disse o procurador-geral.

 

Desavenças normais com a sucessora

Sobre seu relacionamento com sua sucessora na PGR, a subprocuradora Raquel Dodge, que é apontada como uma adversária interna, Rodrigo Janot disse ter com ela apenas “divergências de entendimento”. “Dizem que sou inimigo dela. Não tenho nada contra a doutora Raquel. Nós temos divergências de entendimento. Ela compôs a lista tríplice, votada maciçamente por colegas. As divergências são normais”, declarou. Quanto a indicação de Dodge pelo presidente Michel Temer (PMDB), Janot afirmou que “a escolha foi legítima”. “O importante é que o nome seja escolhido dentro da lista, e isso ele fez. Isso é importante. A escolha foi legítima”, ponderou o procurador-geral, cujo candidato, o subprocurador Nicolao Dino, foi o mais votado na lista da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR), com 621 votos, ante os 587 de Raquel, segunda mais votada. Apesar das tentativas de Janot de minimizar os conflitos com sua sucessora, a revista Veja traz, em sua edição desta semana, apontando que as divergências entre eles são antigas. Raquel Dodge considera Janot autoritário e pouco agregador e o coloca como suspeito de ter mandado grampear o telefone de seu gabinete.

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