E com o tempo correndo para o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, juízes, procuradores e outros profissionais da área jurídica brasileira entregaram nessa segunda-feira, aos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), um manifesto em defesa da prisão após a segunda instância. O documento, com 5.073 assinaturas amealhadas em três dias, chega à Corte em momento crucial. “Não é pressão, estamos aqui para sensibilizar o STF. Caso o habeas corpus (de Lula) seja concedido, haverá um aumento da sensação de impunidade”, disse o promotor de Justiça do Distrito Federal, Renato Varalda (foto). Para relembrar: Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Teve recurso negado pela mesma corte e, com isso, já poderia ter a prisão decretada, mas o STF concedeu-lhe um salvo-conduto até a apreciação de seu pedido de habeas corpus. O manifesto entregue nessa segunda e apoiado, entre outros, pelo ex-procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e pelo membro do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol, alerta o STF sobre a importância do julgamento de quarta. “A mudança da jurisprudência, nesse caso, implicará a liberação de inúmeros condenados. Além dos crimes de corrupção, a medida vai agraciar delitos violentos, como estupro, roubo e homicídio”, diz o texto.