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Meirelles deixa o ministério mas não sabe ainda se disputará a presidência

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), confirmou que deixou o cargo para disputar as eleições de outubro. Filiado ao MDB no início da semana, ele, em conversa com o presidente Temer, afirmou que não pretende ser vice em nenhuma chapa. Como o prazo para desincompatilibilização de candidatos às eleições deste ano terminou ontem, seis meses antes do primeiro turno, a exoneração de Meirelles será publicada em edição extraordinária do Diário Oficial da União. “Hoje, encerro um ciclo muito importante da minha vida. Sempre me coloquei a serviço do Brasil, independentemente do partido no governo. Tive o prazer de ajudar o país a sair de crises econômicas sérias em dois momentos”, declarou Meirelles. O ministro defendeu o seu legado, afirmando que, ao assumir, em 2016, encontrou desemprego, aumento da pobreza e diminuição da renda. “Tivemos a coragem de submeter o Brasil às decisões econômicas corretas. Hoje, a inflação está nos níveis mais baixos da história, a recessão foi superada e começamos a criar empregos”, acrescentou. O secretário executivo da pasta, Eduardo Guardia, assume o comando da Fazenda. Segundo Meirelles, Guardia tem o aval do presidente Michel Temer para continuar o trabalho de ajuste fiscal e de recuperação da economia.

 

Ministro acha que é pouco conhecido ainda

Presidente do Banco Central de 2003 a 2010, Meirelles assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 2016, assim que o presidente Michel Temer chegou ao Palácio do Planalto. No comando da área econômica, o ministro conseguiu a aprovação do teto federal de gastos e participou da elaboração e das negociações para a aprovação da reforma trabalhista. Durante a gestão, Meirelles também anunciou o aumento de tributos sobre combustíveis, na tentativa de reequilibrar as contas públicas. Meirelles, no entanto, teve derrotas, como o adiamento da votação da reforma da Previdência. O Congresso também não votou as medidas de ajuste fiscal propostas no fim do ano passado, como a reversão da desoneração da folha de pagamentos e a Medida Provisória que antecipa a cobrança de Imposto de Renda para os fundos exclusivos de investimento. Outra derrota do ministro foi a derrubada, por meio de liminar do Supremo Tribunal Federal, da MP que adiava, por um ano, o reajuste aos servidores federais. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ainda, durante o anúncio de sua saída do comando da pasta, que sua popularidade é baixa porque ainda não tem um nome conhecido pela população. “Não é uma questão quantitativa, pura e simplesmente. Pesquisas quantitativas são relacionadas somente ao nível de conhecimento do candidato, é normal, meu nível ainda é baixo por ser ministro da Fazenda”, justificou. “Agora, entre pessoas que declaram que conhecem bem o meu trabalho, o nível de aprovação é bastante elevado.”

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