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Minas briga pelo repasse da compensação da Lei Kandir mas governador fica frustrado com reunião

Um dos argumentos usados ontem, em Brasília, pelo governador Romeu Zema (foto), na reunião de conciliação no Supremo Tribunal Federal em relação a Lei Kandir, foi o de que Minas, como um estado exportador de um recurso finito, precisa ser ressarcido. Caso isso não aconteça, Zema disse que corremos o risco de, no futuro, ficarmos só com os buracos. Ele também ressalta que durante um período o governo repassou regularmente a compensação para o estado e depois, simplesmente parou com as transferências, o que significa que havia uma concordância em relação ao pagamento, que agora é questionado pela União. Mas seus argumentos não sensibilizaram. Ao final da reunião conciliatória no STF, quando ficou decidido a criação de uma comissão para estudar a proposta de ressarcimento cobrado pelos governadores, sem prazo para apresentação de sugestões, o governador se confessou frustrado. “Minas precisava destes recursos para ontem, mas, pelo que senti, nada será decidido este ano. A União não tem recursos orçamentários para o pagamento. Mesmo assim vamos continuar insistindo”.

 

Lei Kandir

Em vigor desde setembro de 1996, a Lei Kandir isenta o pagamento de ICMS de produtos primários e semielaborados destinados à exportação, entre eles minério de ferro e grãos. De iniciativa do governo federal, a medida foi criada para dar competitividade ao mercado brasileiro no cenário internacional e, ao mesmo tempo, fortalecer o Plano Real. Porém, como a compensação das perdas não foi regulamentada, os Estados consideram-se prejudicados. Minas calcula que a União deve pelo menos R$ 135 bilhões para o estado.

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