Dentro da estratégia do governo de criar fatos positivos na economia, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco (foto), usou sua conta no Twitter para chamar a atenção para o leilão das usinas hidrelétricas de São Simão, Volta Grande, Miranda e Jaguara. Elas ainda são operadas pela Cemig, mas os contratos venceram e por isso serão oferecidas ao mercado. O edital da licitação foi aprovado na última terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “A Aneel aprovou o leilão p/concessão de quatro #hidrelétricas”, escreveu o ministro, que é também responsável pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). “Avançamos com o #PPI p/ trazer recursos, melhorar serviços e gerar empregos!”
Além de usinas, rodovias e aeroportos
O leilão das quatro usinas está marcado para o dia 22 de setembro. Juntas, elas deverão render no mínimo R$ 11,05 bilhões para o governo federal, correspondentes à taxa de outorga. Desse conjunto, três usinas já estão na lista de empreendimentos a serem leiloados pelo governo federal. Falta incluir Jaguara. Essa providência deverá ser tomada no próximo dia 23, quando o conselho do PPI, presidido pelo presidente Michel Temer, pretende se reunir para aprovar a nova leva de concessões. Além de Jaguara, a expectativa é de que sejam incluídos também três lotes de aeroportos, um trecho de rodovia federal, 18 terminais portuários e a terceira rodada de campos de exploração de petróleo no pré-sal. Só este último tem preço mínimo previsto em R$ 4,4 bilhões. De acordo com dados da secretaria do PPI, a carteira de projetos é composta por 89 empreendimentos. Desses, 48 já foram leiloados, e os investimentos atrelados a eles ultrapassam os R$ 23 bilhões. Esses empreendimentos geraram ao governo R$ 6 bilhões em taxas de outorga.
Setor produtivo teme perda de competitividade caso Cemig perca usinas hidrelétricas
A necessidade da Cemig de aumentar o valor da conta de luz caso perca a concessão das Usinas de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande, preocupa especialmente aos empresários. A Cemig alega que vai perder 50% de geração de energia e para compensar a perda, o jeito será repassar o prejuízo para o consumidor. Para o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr, a perda das Usinas vai gerar um efeito em cascata e vai afetar toda cadeia produtiva. As empresas vão perder competitividade e será preciso comprar energia no mercado livre. A Fiemg tem apoiado a Cemig e o Governo de Minas nas manifestações junto ao Governo Federal para reverter essa situação, criada a partir da MP editada no governo Dilma, que mudou as regras no setor energético.