Bolsonaristas aguardaram quatro anos para ver o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), entregar o título de cidadania honorária ao ex-presidente Jair Bolsonaro (foto/reprodução internet). A cerimônia aconteceu ontem no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O pedido para uma homenagem a Bolsonaro foi assinado pelo governador, em um decreto, em 2019 – primeiro ano de mandato de ambos – após requerimento encaminhado ao chefe do Executivo estadual, deputado Coronel Sandro (PL). No entanto, uma cerimônia oficial só foi realizada agora. Há cerca de duas semanas, o próprio parlamentar reuniu assinaturas de 26 colegas para que a homenagem pudesse sair do papel e ser realizada no Legislativo estadual. Zema disse, no seu discurso, que encontrou “ministérios de portas abertas” durante o governo Bolsonaro (2019-2022) e “éramos ouvidos, não como quem cumpre uma obrigação, mas com a atenção de quem quer, de fato, alcançar soluções”.
Ingratidões e incompreensões
Bolsonaro ressaltou a importância da política para o futuro do país e falou que “Minas é um berço de bons políticos. Acho que é por isso que me intitulei como tendo renascido em Juiz de Fora. A política está no sangue do homem e da mulher, agora, não é fácil ser chefe do Executivo, seja da menor prefeitura de Minas Gerais ou do governo do Estado. As ingratidões, incompreensões. Por quanto e quanto tempo, naquela mesa em Brasília, eu me perguntava: ‘meu deus, o que eu fiz, qual o meu pecado para pagar um preço tão alto?’. A única satisfação que você tem é poder servir ao seu povo, e creio que fizemos isso ao longo de quatro anos”. A sua derrota no ano passado, segundo ele, “é página virada”. (foto/reprodução internet: Coronel Sandro, Jair Bolsonaro e governador Romeu Zema)
