Hugo Motta (foto/reprodução internet) anunciou neta terça-feira, que pretende pautar a urgência do projeto que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Nos bastidores, a projeção é de que os deputados apreciem a urgência do projeto nesta quarta (17). Embora sinalize não apoiar um perdão amplo, o presidente da Câmara enfrenta forte pressão de aliados de Jair Bolsonaro, além de governadores e senadores influentes, que buscam transformar a pauta em bandeira política após a condenação do ex-presidente pelo STF. Antes do anúncio, porém, Motta teria informado pessoalmente a decisão ao presidente Lula, em um almoço nesta segunda-feira (15).
O governo federal, por sua vez, prepara contraofensiva. A ministra Gleisi Hoffmann convocou alguns ministros para alinhar estratégias que vão da intervenção direta nas bancadas à revisão de cargos e liberação de emendas, numa tentativa de frear a votação. A movimentação expõe o dilema de Lula, que precisa preservar sua base sem aprofundar tensões com o Centrão, revelando como a anistia pode se tornar moeda de barganha num Congresso cada vez mais disposto a testar os limites do Planalto.
