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Não houve fraude nas eleições, atesta missão da OEA

A chefe da missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Laura Chinchilla, avaliou nessa segunda-feira que o primeiro turno da eleição transcorreu com “profissionalismo e perícia técnica”, mas houve “polarização e agressividade”. Esta é a primeira vez que uma delegação da OEA acompanha a eleição no Brasil – a visita foi feita a convite do governo. Ao todo, cerca de 40 observadores estão em 12 Estados e no Distrito Federal, visitando dezenas de locais de votação. Segundo um relatório preliminar da OEA, houve preocupação com a “polarização e agressividade” da campanha. Ele mencionado, por exemplo, o atentado a Jair Bolsonaro (PSL) em setembro, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). A OEA também destacou ameaças físicas e digitais contra mulheres e jornalistas durante o período eleitoral. “A missão condena veementemente esse ataque.” Para a organização, os candidatos que passaram para o segundo turno precisam fazer uma campanha “menos tensa” e “mais centrada na discussão de ideias e propostas do que nos ataques pessoais”, contribuindo, assim, para “reduzir a polarização social”.

 

Nada que comprometa o resultado

Sobre o que foi apresentado pelos candidatos, a missão considerou que houve expressões adotadas com tom discriminatório e excludente. Por isso, defendeu que no segundo turno os candidatos foquem em propostas. Em outro trecho do relatório, a OEA destacou o esforço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em combater a disseminação de conteúdo falso na web, chamado de “propaganda online de desinformação e notícias falsas”. A OEA informou ter visitado 390 seções em 130 locais de votação em 12 estados e no Distrito Federal e não observou problemas com a urna eletrônica. Lamentou, porém, que alguns partidos não fizeram uso do espaço para “fiscalizar as diferentes etapas do processo”. A missão diz também que observou problemas com a biometria devido à falha na leitura das digitais dos eleitores, mas que foram resolvidos nas seções. “Não encontramos nenhum elemento que possa comprometer o processo eleitoral”, afirmou. “Ninguém nos denunciou nada nesse sentido [de que pudesse afetar a legitimidade da eleição]”, acrescentou. Laura Chinchilla (foto) afirmou ainda que nenhum dos problemas vistos pela OEA nesse domingo pode afetar o resultado eleitoral. Segundo ela, a disseminação de conteúdo falso não é um problema exclusivo do Brasil, mas afeta a vida social atualmente. Com o G1.

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