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Blog do PCO

Não temos quem nos tire do fundo do poço

Quando já nos sentíamos confortáveis, com os pés fincados naquilo que imaginávamos fosse o fundo do poço, desaba tudo. O fundo, descobrimos está sempre mais abaixo. Quanto? Impossível saber. A que menos importa agora é saber quando vamos parar de cair. Se tivermos que descer mais para encontrarmos a decência e promover uma limpeza no país, que assim seja. O que deve ser nossa preocupação agora é como voltar do fundo. Não há ninguém à vista com força moral para lançar uma corda na qual o país possa se agarrar e, através dela, chegar novamente na superfície. Falta-nos, como sempre nos faltou, uma liderança efetiva que nos servisse como norte. Faltamos compromisso popular com o país, enquanto sobra alienação política. Buscar no povo a solução para a crise, com a realização de eleições diretas imediatamente é, pura falácia. Discurso de quem grita com voz de coletivo buscando, na verdade, benefício individual. A crise política nunca foi tão intensa e a falta de uma saída tão angustiante. Já tivemos crises da qual saímos de forma traumática, para uma ditadura. Esta porta, felizmente, não existe mais. Mas infelizmente, nenhuma outra está à vista. Seguir o que determina a Constituição é o único caminho. Quem está em situação de perigo não pode ousar em correr riscos. Não é hora, com certeza, de irmos às ruas gritar por falsas soluções que não estejam na lei. Foi por este tipo de comportamento, de desrespeito às leis, que chegamos ao ponto em que chegamos. Com 16 milhões de brasileiros sem emprego, sem ter como prover a necessidade de suas famílias. Com insegurança nas ruas de todo o país. Com um sistema de saúde caótico. Com tudo, literalmente tudo, desorganizado enquanto, iludido, o povo seguia o mágico e sua flauta. A solução constitucional não é a melhor? Mas é a única. Outra qualquer será uma solução de republiqueta, onde se a lei não atende ao grupo dominante, ou mais barulhento e esperto, muda-se a lei. A hora é de tranquilidade e responsabilidade. E de muito trabalho. O Congresso não tem o direito de ficar parado. Preciso dar andamento às reformas pois está evidente que sem elas, superar a crise será bem mais difícil, se não ficar impossível. Juízo, senhores aproveitadores. Atenção ao que ensinava o ex governador de Minas e ex vice-presidente Aureliano Chaves: “a esperteza quando é muita, vira bicho, cresce e come o esperto”. Melhor não arriscar.

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