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Blog do PCO

Nem parece, mas as eleições estão chegando

A campanha eleitoral segue como se não estivéssemos a menos de um mês de uma escolha que vai influenciar a vida de cada um de nós por, no mínimo, quatro anos. É que vamos escolher quem vai gerir a cidade onde moramos e que, por isso, tem influência direta no nosso cotidiano, no nosso bem-estar, principalmente daqueles que vivem nas cidades de maior porte. Mas, estranho, parece que não temos consciência disto. Só nos lembramos da existência do prefeito quando as coisas estão erradas. Quando o ônibus demora, ou vem lotado. Quando falha o atendimento médico, ou falta remédio no posto de saúde. Quando as enchentes destroem nossos bens ou faltam vagas nas escolas. Aliás, das escolas só nos lembramos quando não há vagas pois, com a qualidade do que elas oferecem aos nossos jovens ninguém se importa. Em outras cidades, é verdade, nos lembramos do prefeito quando o carnaval é ruim ou inexistente. Nunca nos lembramos do prefeito e de suas atribuições no momento de escolher um nome nas urnas. Se é assim com ele, imagine com a escolha do vereador aquele que, teoricamente, nos representa nas discussões e definições quanto aos projetos para a cidade. São os representantes do povo e deles depende o prefeito, obrigado, muitas vezes, a participar de acordos espúrios para ver aprovadas suas propostas. Claro que o Legislativo é a “cara” da sociedade. Daí as candidaturas bizarras que surgem a cada eleição. Gente sem qualquer preparo ou conhecimento das atribuições do Legislativo se lança nas aventuras de uma disputa nas urnas que infelizmente, não raro acabam bem-sucedidas. Os apelos para este tipo de candidaturas são os mais esdrúxulos. Em BH, por exemplo, tem um candidato a vereador que apresenta como credencial para postular a vereança o fato de ser sósia de um ex-jogador de futebol. Este é apenas um exemplo. Cada um de vocês deve conhecer outras. Dezenas. Estes candidatos surgem, estimulados até mesmo por dirigentes partidários, por saberem que nós eleitores não temos respeito pelo nosso voto. Votamos de forma irresponsável, sem qualquer compromisso, depois passamos anos a reclamar da qualidade de nossos políticos. Da corrupção na nossa política. Enquanto agirmos assim, teremos políticos assim.

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