Os efeitos da decisão dos procuradores federais de reajustar os seus próprios salários em 16,7% já começaram a aparecer. Além do efeito cascata, com reajuste automático nos estados, os servidores públicos federais também exigem do governo o reajuste nos seus salários. Os auditores fiscais estão entre os que rejeitam o adiamento do reajuste aprovado no Congresso Nacional para 2018. Técnicos do Ministério da Fazenda alegam que o reajuste representa um gasto de R$ 8 bilhões. Mas aqui não se trata apenas de reajuste. Toda a população brasileira, exceto o funcionalismo público federal, tem pagado um preço alto devido a crise econômica que se arrasta desde 2014. São 13,5 milhões de desempregados. Muitas empresas tiveram que reduzir os salários de seus funcionários para não ter que demiti-los. Mas os procuradores e servidores públicos federais parecem viver em um outro Brasil.
O Brasil dos servidores públicos e o do cidadão normal
