O ex porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, general Otávio do Rêgo Barros (foto), causou o maior burburinho entre os auxiliares do presidente, após desabafar em um artigo, os motivos que o levaram a deixar o governo. Sem citar o nome de Bolsonaro, o general foi à Roma Antiga para exprimir o que vivenciou no Palácio do Planalto: “Legiões acampadas. Entusiasmo nas centúrias extasiadas pela vitória. Estandartes tomados aos inimigos são alçados ao vento, troféus das épicas conquistas. O general romano atravessa o lendário rio Rubicão. Aproxima-se calmamente das portas da Cidade Eterna. Vai ao encontro dos aplausos da plebe rude e ignara, e do reconhecimento dos nobres no Senado. Faz-se acompanhar apenas de uma pequena guarda e de escravos cuja missão é sussurrar incessantemente aos seus ouvidos vitoriosos: “Memento Mori!” – lembra-te que és mortal!” Rêgo Barros afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. Ele também criticou auxiliares presidenciais que se comportam como “seguidores subservientes”