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Blog do PCO

O novo com cheiro de mofo

Nada tem mais aparência de velho e cheiro de mofo no Brasil do que a chamada “nova política”, um nada de marketing criado para quem nada tinha a dizer nos palanques eleitorais das eleições passadas. Criaram o nada que se materializou em figuras que, eleitas, se mostraram absolutamente incompetentes, em alguns casos até irresponsáveis, para o exercício da política. Que não se diga que esta é uma realidade apenas no governo. Não, a oposição também tem, e muitos, incompetentes que não conseguem nem mesmo atacar os erros do governo com seriedade. São incapazes de mexer com a população que, mostram as pesquisas, foi ficando desiludida com as promessas da nova política que não consegue, por mais que digam o contrário alguns de seus ferrenhos defensores, mostrar resultados positivos. O Brasil precisa olhar para frente. É preciso que os governos – União e estados – deixem este discurso velho de atacar sistematicamente adversários. Temos, e não são poucos, os que ainda usam o desgastado discurso de atribuir tudo aos comunistas. Era assim na década de 1960. Permanece, ou voltou agora, no início da segunda década dos anos 2000. Comunista senhores, já não mete medo. O povo já não tem motivos para acreditar que comunista quer sempre o mal, que assa criancinha para comer em mesas regadas com cachaça. O que assusta a população é o desemprego, a violência, a falta de infraestrutura, de saúde e de renda. Tirem o mofo do discurso e ataquem estes problemas, pois nos palanques das próximas eleições não dará certo a estratégia do se apresentar como novo. Por falar nisto, deixem para armar os palanques na hora certa. Ainda está muito cedo para tanta “discurseira”, tantos lançamentos. Trabalhem, o governo buscando soluções reais e sustentáveis para nossas mazelas, e a oposição exercendo o seu papel de fiscalizar e propor alternativas sérias. Façam agora para terem o que mostrar nos palanques. Aí o povo decidirá. É bem verdade que nem sempre o povo decide certo mas, mesmo assim, é ele quem irá decidir. E o discurso do novo já ficou velho. Por falar em palanques, os municipais, já começam a ser montados e mostram uma dura realidade de nossa vida política: a falta de lideranças. Vivemos uma entressafra de lideranças em todos os setores, mas na política em especial. A desmoralização da classe política, provocada pelos que foram colocados lá por eleitores alienados, acabou afastando da vida pública, muitos que teriam seriedade e competência para o exercício da atividade política. Os bons se afastaram. E como eles fazem falta. Basta olhar o trabalho dos bons que tiveram a coragem de se expor, venceram eleições e exercem mandato com dignidade e competência. Eles são poucos, mas são exemplos para os que, por medo ou comodismo, se distanciaram da política. É preciso que voltem. Que insistam. Que tenham a coragem de enfrentar os aventureiros que a cada eleição criam vazios de marketing para conquistar votos. Chega.

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