Sem alternativas para tirar o estado da crise fiscal em que se encontra, o governador Romeu Zema (foto) é pragmático em relação ao assunto: ou os deputados aprovam o acerto de contas entre o Estado e a União, ou apresentem outra saída. Para ele, o maior desafio no momento é fazer Minas retomar o seu protagonismo e a única solução é aderir ao sistema de recuperação fiscal, caso contrário, se nada for feito, aquilo que já está ruim se tornará péssimo. As mudanças são necessárias e urgentes, segundo Zema, que abriu ontem o seminário “Os desafios fiscais dos Estados”.
Penúria
O secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, reafirmou o discurso do governador Romeu Zema e avisou que o governo terá que cumprir algumas etapas para equilibrar as contas porque, segundo ele, “temos um desequilíbrio entre receita e despesa com despesas claramente superiores as receitas. Despesas com inativos crescendo muito”. O certo é que o Estado está em situação de penúria. Barbosa disse que a despesa total do Estado apresentou um crescimento na média de 36,4% nos últimos anos e a uma receita crescendo 25,1%, lembrando que temos uma inflação de 25,6%, com o PIB mineiro crescendo 14,9%. Entre as despesas, Barbosa falou que o pessoal inativo está crescendo quase 60%, ou seja, ”alguma coisa não está dando certo, alguma coisa precisa ser feita”.