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Blog do PCO

O que se espera dos deputados é coragem para votar sim ou não

O ideal o governo já está convencido de que não dá para fazer. Agora busca aprovar o possível na reforma da Previdência. E o que o governo trabalha como possível significa, segundo cálculos do economista André Gammerman, publicados ontem pelo G1, uma redução de 53,2% na economia estimada originalmente. O chamado texto enxuto vai permitir, em dez anos, uma economia de R$ 426,09 bilhões menos da metade dos R$ 911,74 bilhões do projetado e necessário. Nesta altura, com a covardia dos parlamentares que, em vez de pensar no Brasil, pensam apenas nas urnas, é o que se pode fazer. A Previdência é mesmo um problema de difícil solução. Envolve muitos interesses e apresenta números que são manipulados de lado a lado. Fato é que provoca um enorme buraco nas contas públicas com reflexos exatamente sobre os que os deputados, ao negarem a aprovação da reforma, afirmam buscar proteger. Enquanto os deputados e senadores bradam que o sistema é superavitário, o que falta é administração, o governo garante que, ao contrário, é altamente deficitário. Claro que é melhor ficar com a avaliação do governo que apresenta números bem consistentes e o argumento de que em todo o mundo a Previdência vem se transformando num problema insolúvel, com o aumento da expectativa de vida da população. Com o Brasil não seria diferente. Pressionado pelos números, o governo tem tentado agir politicamente, num processo de convencimento dos parlamentares. Trabalho até aqui inútil, pois nossos parlamentares estão olhando para o próprio umbigo, se protegendo de temas polêmicos, enganando o eleitor. Não foi para isto que foram eleitos. Postergar soluções só atrapalha o país. Votem, sim ou não, mas não coloquem o interesse de milhões de desempregado acima dos seus, senhores deputados. Esta é uma semana decisiva para cada um mostrar a coragem que tem.

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