O ministro Celso de Mello (foto), decano do Supremo Tribunal Federal, concorda com a afirmativa de seu colega Marco Aurélio Mello de que é necessário decidir se alguém réu em processo criminal pode, se eleito, assumir o mandato de presidente. A questão foi levantada por Marco Aurélio ao comentar, na quarta-feira, a situação do candidato Jair Bolsonaro, réu em duas ações no STF. Para o ministro Celso, está em aberto a discussão sobre a possibilidade de um réu em ação penal ser eleito presidente da República e assumir o comando do Palácio do Planalto. Ele considera é importante a discussão sobre o tema, que deve ser levantada na Justiça Eleitoral. “Essa aí é uma boa pergunta, mas eu não tenho condições de responder, porque certamente é uma questão que vai ser suscitada antes na Justiça Eleitoral”, disse Celso de Mello a jornalistas. “Eu tenho a impressão de que (essa questão) é o que nós temos de debater e debater mais”, afirma Celso de Mello, evitando um posicionamento mais claro em relação ao tema.
Outro ministro questiona se réu criminal eleito pode assumir presidência
