Ontem foi um dia tenso no Palácio do Planalto com a notícia que o presidente Bolsonaro iria demitir o ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta. O almoço de Bolsonaro foi com alguns ministros e o deputado Osmar Terra que queria ocupar o lugar de Mandetta. Na agenda do presidente tinha uma reunião com o vice Hamilton Mourão as 17h. No meio da tarde a reunião foi estendida para todos os ministros. Na reunião o vice e alguns ministros mostraram ao presidente que o governo é que perderia. Na reunião participava Mandetta que acabou fumando o cachimbo da paz e permanece. Muitos seguidores do presidente o aplaudiram pela permanência do Ministro da Saúde que tem a simpatia dos ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes.
Desabafo de Mandetta
As ameaças e recados que recebeu do presidente Jair Bolsonaro parecem ter acabado com as resistências do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A gota d’água teria sido a declaração do presidente de que a caneta dele funciona bem e que “a hora deles ainda não chegou. Vai chegar”. Mandetta teria desabafado com assessores e depois para os ministros da Casa Civil Braga Neto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que “ameaça não dá” e teria cobrado uma decisão do presidente. As divergências entre Bolsonaro e Mandetta em relação a estratégia de combate do coronavirus no país motivou divergências públicas e o início do processo de fritura do ministro. Ontem Mandetta disse que fica no cargo para combater o inimigo que tem nome e sobrenome: covid-19.