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Partidos e oportunismo político

Nesta sexta, dia 5, fecha-se a “janela partidária”, um instrumento jurídico criado pelo Legislativo, com aval do Judiciário, que permite aos parlamentares dos três níveis de Poder, trocarem de partido no ano de eleição, sem apresentarem motivos que justifiquem a decisão. E não são poucos os que se aproveitam da janela aberta para pularem para outra legenda em busca de mais facilidade para a reeleição. E janelas não faltam. São 29 os partidos existentes no país, criados a partir do início dos anos oitenta. De 1945 a 1979 tivemos muito mais legendas criadas para abrigar todo tipo de políticos e aproveitadores. Partidos como o Partido da Boa Vontade, a União Social pelos Direitos do Homem e a Organização Político-Social Feminina que nada representaram na vida política do país. Dos anos oitenta para cá alguns fizeram história, como o MDB, com papel importante na redemocratização. O PSDB que mudou a economia do país e ajudou a consolidar a democracia e o PT, um protagonista importante na vida econômica e política do país que, desde o início de sua existência, se sustenta na figura de Lula. A janela partidária deixa claro que mesmo as legendas de maior peso nos anos passados, vão se esvaziando, perdendo prestígio e, como consequência, filiados, mesmo com mandato, que preferem pular para onde consideram com maior possibilidade de obter uma vaga. Assusta ver político que fez carreira na social-democracia hoje ocupando cadeira da extrema direita. Políticos que se tornaram conhecidos na esquerda, com discurso e espaço em legendas de centro, quando não de direita. E a direita ocupando cada vez mais espaços partidários, deixando os púlpitos para os palanques políticos. Até quando será assim a política brasileira? (foto/reprodução internet)

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