O ministro André Fufuca (foto/reprodução internet) tem a sua trajetória política marcada por ações que contrariam os posicionamentos do presidente Lula e do PT. Ele foi vice-líder do governo Bolsonaro, é afilhado político de primeira ordem de um dos maiores críticos do atual governo, o ex-ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, que costuma dizer: “Fufuca é como um filho”. Não bastasse isso, Fufuca integrou a tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha em pleno processo de cassação de Dilma Rousseff. A base petista lançou o seguinte desafio: se Javier Milei ganhar a eleição na Argentina, existe chance de ele oferecer um ministério para os peronistas?
Sequelas gritantes
A reforma ministerial abriu as portas do governo para o centrão, mas deixou sequelas na Esplanada. Mesmo ministros preservados em seus cargos guardam queixas da exposição a que foram submetidos durante os mais de dois meses de negociação. Muitos viram seus nomes incluídos em diferentes redesenhos da Esplanada. A queixa generalizada é que o processo das várias idas e vindas de propostas de cargos foi desgastante. As frustrações acabaram debitadas na conta do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), que atuou como principal emissário de Lula na articulação com o Congresso.