A folha de pagamento dos aposentados está pesando nas contas do estado e é um dos motivos do déficit, segundo o governador Fernando Pimentel (PT), que defende a reforma previdenciária como alternativa para colocar ordem no orçamento. O custo com os aposentados chegou a R$ 21 bilhões no ano passado. Pimentel defende uma espécie de constituinte previdenciária para debater e resolver a questão. Para ele, essa mudança tem que ser feita. Ele pondera que é preciso ter humildade e conversar com as pessoas para fazer uma espécie de constituinte previdenciária e discutir o que fazer para financiar o rombo da Previdência sem usar os impostos. O governo federal apresentou uma proposta de reforma da Previdência, que ficou esquecida no início dos trabalhos parlamentares em fevereiro. O comentário de Pimentel foi ontem, durante a entrega de ônibus escolares em Sete Lagoas.
Escolha dia a dia
Pimentel justificou o atraso no pagamento da folha de servidores dizendo que “não tenho dinheiro no dia de pagar, então a gente atrasa um pouco o cronograma”. Ele lembrou que o repasse do transporte escolar também sofreu atraso, caso contrário faltaria verba para a gasolina nos carros da Polícia Militar. “Esse tipo de escolha tem sido o dia a dia do governo nos últimos três anos e meio”. Aos que o criticam, Pimentel disse que eles estão com alegações equivocadas “dizendo que é fácil fazer ajuste, é só cortar custeio, isso ou aquilo. Ouço muito pré-candidato dizendo que tem que cortar cargos em comissão, que tem aparelhamento”. Segundo ele, os comissionados custam R$ 17 milhões, em uma folha de R$ 2,4 bilhões.