A movimentação da Polícia Militar para barrar a entrada dos carros de som dos blocos de Carnaval nas ruas de Belo Horizonte ficou parecendo mais um ato político do que preocupação com os foliões. Se a polícia e os bombeiros estivessem mesmo preocupados, teriam chamado com antecedência os representantes dos blocos para tratar das vistorias. Em cima da hora, com manifestações de policiais pipocando em várias partes do país, inclusive em Minas Gerais, a impressão que se tem é a de que o objetivo é outro. Parece que esta ação foi para afetar o prefeito Alexandre Kalil (foto), que é candidato a reeleição e, se reeleito, torna-se candidato natural ao governo do Estado, com grande chance de se eleger. Mas a polícia sabe que Kalil não costuma aceitar desaforo, pressão ou chantagem. Só para lembrar, na greve dos guardas municipais, ele mandou recolher armas e veículos dos servidores. A negociação foi difícil e no tempo estipulado pelo prefeito, tudo que os representantes dos sindicatos ligados às polícias querem evitar.