Pode parecer impossível, mas Ciro Gomes e Jair Bolsonaro têm algo em comum. Os dois querem passar autoridade, a impressão de que têm pulso firme para tomar as rédeas do país. Essa foi uma das impressões que os dois passaram, segundo o presidente da Siamg, Mario Campos (foto), um dos participantes do evento promovido pela CNI, que reuniu mais de dois mil empresários de todo o país. Apesar das vaias ao defender mudanças na reforma trabalhista, Ciro Gomes também conseguiu o reconhecimento dos empresários ao criticar a postura do Judiciário, que estaria extrapolando das suas funções. Mas os que mais entusiasmaram foram os presidenciáveis do PSDB, Geraldo Alckmin, e mais enfaticamente o do PSL, Jair Bolsonaro.
Desconfiança
Mesmo fazendo um discurso que agradou aos empresários, segundo Mário Campos, Alckmin passou boa parte do tempo convencendo os empresários que a sua candidatura é viável. Mesmo problema do pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles. O emedebista argumentou que vai provar que nos oito anos em que presidiu o Banco Central e nos dois anos de governo Temer, só tomou medidas corretas. Mas quem apareceu com um discurso mais moderado foi a candidata da Rede. Segundo Mario Campos, ela tentou passar a impressão aos empresários de que estará aberta ao diálogo, caso chegue a presidência. Já o candidato do Podemos, Álvaro Dias, encerrou a participação dos pré-candidatos, mas não empolgou a plateia.